INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS LITERÁRIOS
Após estudar os capítulos do livro “O contexto da obra literária, volume 1”, analise as afirmativas a seguir e coloque C para as alternativas que forem corretas e E para as que forem erradas:
( ) Os conhecimentos que são relevantes para o pronunciamento crítico devem ser entendidos como conhecimentos preliminares em relação a esse julgamento, ou seja, são aqueles conhecimentos que nos permitem entender a obra de maneira adequada antes de iniciarmos a nossa apreciação, antes de principiarmos a julgá-la.
( ) São esclarecimentos objetivos dos elementos necessários ao entendimento adequado da obra.
( ) Não podemos mais nos voltar exclusivamente para a estrutura interna da obra literária, acreditando que ela possa fornecer ao analista todos os elementos para o seu próprio esclarecimento, e considerar circunstanciais e somenos (no que se refere à interpretação) os elementos dados pela investigação erudita (linguísticos, históricos, biográficos).
( ) O leitor crítico pode desempenhar sua missão restringindo-se ao trabalho de análise literária propriamente dita, sem recurso a uma visão mais ampla. Isto porque a estrutura interna da obra não fornece ao analista todos os elementos para o seu próprio esclarecimento e o estudioso precisa lançar mão dos elementos dados pela investigação erudita (linguísticos, históricos, biográficos).
Assinale a sequência CORRETA:
E E E C
E C E C
C E C E
C C C E
C C E E
Leia com bastante atenção o poema abaixo:
SEUS OLHOS
(Gonçalves Dias)
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, mais doce que o nauta
De noite cantando, mais doce que a frauta
Quebrando a solidão,
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.
São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos,
Às vezes vulcão!
Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim me parece que o ar lhes falece,
E os olhos tão meigos, que o pranto humedece
Me fazem chorar.
Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,
Desperta a chorar;
E mudo e sisudo, cismando mil coisas,
Não pensa a pensar.
Nas almas tão puras da virgem, do infante,
Às vezes do céu
Cai doce harmonia duma Harpa celeste,
Um vago desejo; e a mente se veste
De pranto co'um véu.
Quer sejam saudades, quer sejam desejos
Da pátria melhor;
Eu amo seus olhos que choram em causa
Um pranto sem dor.
Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão. (DIAS, Gonçalves. Poesia Lírica e Indianista. São Paulo: Ática, 2008, p. 123-124)
Com base na leitura acima e seus conhecimentos sobre Gonçalves Dias, marque F para as assertivas que forem FALSAS e V para as que forem VERDADEIRAS:
( ) O poeta pertenceu à Primeira Geração Modernista criando obras indianistas e nacionalistas, mas também obteve destaque nas poesias lírico-amorosas.
( ) O título do poema (Seus olhos) chama a atenção do leitor para o principal enfoque do poema: os olhos da amada, que por simbolizarem o espelho da alma, deixam transparecer seus sentimentos.
( ) Os versos são divididos em dez e cinco sílabas que se intercalam.
( ) O uso de travessões está presente no poema, mostrando a sobreposição de sentimentos e o livre fluxo da consciência.
( ) Encontramos no poema a presença das seguintes figuras de linguagem: elipse; assíndeto; gradação; metáfora; metonímia.
Assinale a sequência correspondente:
FVFVV
FVFVF
FFVVF
VFVFV
VVFFV
O poeta francês Charles Baudelaire, citado por Ferreira Gullar, escreveu em “As Flores do Mal” os famosos versos (traduzidos): Como longos ecos que ao longe se confundem Em uma tenebrosa e profunda unidade, Vasta como a noite e como a claridade, Os perfumes, as cores e os sons...
Esses versos traduzem algo de influência destacada na literatura brasileira nos fins do século XIX. Trata-se da:
“teoria do Humanitismo”, princípio norteador das personagens machadianas, no qual prevalece a lei do mais forte.
“teoria das correspondências”, relação entre as diferentes esferas dos sentidos, ideário tão fundamental aos simbolistas.
“torre-de-marfim”, lugar isolado e distante dos problemas sociais e existenciais, para onde se refugiavam os parnasianos.
“poesia marianista”, poemas de culto e exaltação a Virgem Maria (figura que se confunde com a amada do poeta).
“poesia pau-brasil”, poesia de exportação que resgata o primitivismo cultural.
Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho
mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
Leia a estrofe a seguir:
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala. (Gonçalves Dias)
Assinale a alternativa que melhor representa a Natureza na estrofe:
é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
é representada por divindade mítica da tradição clássica.
funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
expressa sentimentos amorosos
é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
Sobre o significado da expressão crítica impressionista, analise as afirmações que seguem:
I - As análises e teorias sobre a literatura nem sempre levaram em conta o processo comunicativo e seus elementos. Em um primeiro momento, categorizavam-se as obras, relacionando-as às biografias dos autores, sem a sistematização teórica proveniente de estudos sobre linguagem.
II - Defendiam um posicionamento crítico que concentrava sua atenção na obra de arte.
III - A crítica impressionista baseava nas prerrogativas que os críticos tinham ao opinarem sobre as obras.
IV - Sem o necessário rigor metodológico, o leitor crítico, muitas vezes também escritor, transmitia as suas impressões sobre o texto, tomando como modelo as grandes obras já consagradas.
V - A opinião impressionista era calcada na sensibilidade do leitor, era marcada pela liberdade, e o crítico acabava por falar mais de si e de suas ideias do que sobre a obra.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
E E E C
E C E C
C E C E
C C C E
C C E E
Leia com bastante atenção o poema abaixo:
SEUS OLHOS
(Gonçalves Dias)
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, mais doce que o nauta
De noite cantando, mais doce que a frauta
Quebrando a solidão,
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.
São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos,
Às vezes vulcão!
Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim me parece que o ar lhes falece,
E os olhos tão meigos, que o pranto humedece
Me fazem chorar.
Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,
Desperta a chorar;
E mudo e sisudo, cismando mil coisas,
Não pensa a pensar.
Nas almas tão puras da virgem, do infante,
Às vezes do céu
Cai doce harmonia duma Harpa celeste,
Um vago desejo; e a mente se veste
De pranto co'um véu.
Quer sejam saudades, quer sejam desejos
Da pátria melhor;
Eu amo seus olhos que choram em causa
Um pranto sem dor.
Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão. (DIAS, Gonçalves. Poesia Lírica e Indianista. São Paulo: Ática, 2008, p. 123-124)
Com base na leitura acima e seus conhecimentos sobre Gonçalves Dias, marque F para as assertivas que forem FALSAS e V para as que forem VERDADEIRAS:
( ) O poeta pertenceu à Primeira Geração Modernista criando obras indianistas e nacionalistas, mas também obteve destaque nas poesias lírico-amorosas.
( ) O título do poema (Seus olhos) chama a atenção do leitor para o principal enfoque do poema: os olhos da amada, que por simbolizarem o espelho da alma, deixam transparecer seus sentimentos.
( ) Os versos são divididos em dez e cinco sílabas que se intercalam.
( ) O uso de travessões está presente no poema, mostrando a sobreposição de sentimentos e o livre fluxo da consciência.
( ) Encontramos no poema a presença das seguintes figuras de linguagem: elipse; assíndeto; gradação; metáfora; metonímia.
Assinale a sequência correspondente:
FVFVV
FVFVF
FFVVF
VFVFV
VVFFV
O poeta francês Charles Baudelaire, citado por Ferreira Gullar, escreveu em “As Flores do Mal” os famosos versos (traduzidos): Como longos ecos que ao longe se confundem Em uma tenebrosa e profunda unidade, Vasta como a noite e como a claridade, Os perfumes, as cores e os sons...
Esses versos traduzem algo de influência destacada na literatura brasileira nos fins do século XIX. Trata-se da:
“teoria do Humanitismo”, princípio norteador das personagens machadianas, no qual prevalece a lei do mais forte.
“teoria das correspondências”, relação entre as diferentes esferas dos sentidos, ideário tão fundamental aos simbolistas.
“torre-de-marfim”, lugar isolado e distante dos problemas sociais e existenciais, para onde se refugiavam os parnasianos.
“poesia marianista”, poemas de culto e exaltação a Virgem Maria (figura que se confunde com a amada do poeta).
“poesia pau-brasil”, poesia de exportação que resgata o primitivismo cultural.
Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho
mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
Leia a estrofe a seguir:
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala. (Gonçalves Dias)
Assinale a alternativa que melhor representa a Natureza na estrofe:
é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
é representada por divindade mítica da tradição clássica.
funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
expressa sentimentos amorosos
é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
Sobre o significado da expressão crítica impressionista, analise as afirmações que seguem:
I - As análises e teorias sobre a literatura nem sempre levaram em conta o processo comunicativo e seus elementos. Em um primeiro momento, categorizavam-se as obras, relacionando-as às biografias dos autores, sem a sistematização teórica proveniente de estudos sobre linguagem.
II - Defendiam um posicionamento crítico que concentrava sua atenção na obra de arte.
III - A crítica impressionista baseava nas prerrogativas que os críticos tinham ao opinarem sobre as obras.
IV - Sem o necessário rigor metodológico, o leitor crítico, muitas vezes também escritor, transmitia as suas impressões sobre o texto, tomando como modelo as grandes obras já consagradas.
V - A opinião impressionista era calcada na sensibilidade do leitor, era marcada pela liberdade, e o crítico acabava por falar mais de si e de suas ideias do que sobre a obra.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
De vivo luzir,
Estrelas incertas, que as águas dormentes
Do mar vão ferir;
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Têm meiga expressão,
Mais doce que a brisa, mais doce que o nauta
De noite cantando, mais doce que a frauta
Quebrando a solidão,
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
De vivo luzir,
São meigos infantes, gentis, engraçados
Brincando a sorrir.
São meigos infantes, brincando, saltando
Em jogo infantil,
Inquietos, travessos; causando tormento,
Com beijos nos pagam a dor de um momento,
Com modo gentil.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos,
Às vezes vulcão!
Às vezes, oh! sim, derramam tão fraco,
Tão frouxo brilhar,
Que a mim me parece que o ar lhes falece,
E os olhos tão meigos, que o pranto humedece
Me fazem chorar.
Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,
Desperta a chorar;
E mudo e sisudo, cismando mil coisas,
Não pensa a pensar.
Nas almas tão puras da virgem, do infante,
Às vezes do céu
Cai doce harmonia duma Harpa celeste,
Um vago desejo; e a mente se veste
De pranto co'um véu.
Quer sejam saudades, quer sejam desejos
Da pátria melhor;
Eu amo seus olhos que choram em causa
Um pranto sem dor.
Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,
Que falam de amores com tanta poesia,
Com tanto pudor.
Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,
Assim é que são;
Eu amo esses olhos que falam de amores
Com tanta paixão. (DIAS, Gonçalves. Poesia Lírica e Indianista. São Paulo: Ática, 2008, p. 123-124)
FVFVV
FVFVF
FFVVF
VFVFV
VVFFV
O poeta francês Charles Baudelaire, citado por Ferreira Gullar, escreveu em “As Flores do Mal” os famosos versos (traduzidos): Como longos ecos que ao longe se confundem Em uma tenebrosa e profunda unidade, Vasta como a noite e como a claridade, Os perfumes, as cores e os sons...
Esses versos traduzem algo de influência destacada na literatura brasileira nos fins do século XIX. Trata-se da:
“teoria do Humanitismo”, princípio norteador das personagens machadianas, no qual prevalece a lei do mais forte.
“teoria das correspondências”, relação entre as diferentes esferas dos sentidos, ideário tão fundamental aos simbolistas.
“torre-de-marfim”, lugar isolado e distante dos problemas sociais e existenciais, para onde se refugiavam os parnasianos.
“poesia marianista”, poemas de culto e exaltação a Virgem Maria (figura que se confunde com a amada do poeta).
“poesia pau-brasil”, poesia de exportação que resgata o primitivismo cultural.
Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho
mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
Leia a estrofe a seguir:
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala. (Gonçalves Dias)
Assinale a alternativa que melhor representa a Natureza na estrofe:
é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
é representada por divindade mítica da tradição clássica.
funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
expressa sentimentos amorosos
é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
Sobre o significado da expressão crítica impressionista, analise as afirmações que seguem:
I - As análises e teorias sobre a literatura nem sempre levaram em conta o processo comunicativo e seus elementos. Em um primeiro momento, categorizavam-se as obras, relacionando-as às biografias dos autores, sem a sistematização teórica proveniente de estudos sobre linguagem.
II - Defendiam um posicionamento crítico que concentrava sua atenção na obra de arte.
III - A crítica impressionista baseava nas prerrogativas que os críticos tinham ao opinarem sobre as obras.
IV - Sem o necessário rigor metodológico, o leitor crítico, muitas vezes também escritor, transmitia as suas impressões sobre o texto, tomando como modelo as grandes obras já consagradas.
V - A opinião impressionista era calcada na sensibilidade do leitor, era marcada pela liberdade, e o crítico acabava por falar mais de si e de suas ideias do que sobre a obra.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
“teoria do Humanitismo”, princípio norteador das personagens machadianas, no qual prevalece a lei do mais forte.
“teoria das correspondências”, relação entre as diferentes esferas dos sentidos, ideário tão fundamental aos simbolistas.
“torre-de-marfim”, lugar isolado e distante dos problemas sociais e existenciais, para onde se refugiavam os parnasianos.
“poesia marianista”, poemas de culto e exaltação a Virgem Maria (figura que se confunde com a amada do poeta).
“poesia pau-brasil”, poesia de exportação que resgata o primitivismo cultural.
Leia o trecho a seguir, de José de Alencar.
Convencida de que todos os seus inúmeros apaixonados, sem exceção de um, a pretendiam unicamente pela riqueza, Aurélia reagia contra essa afronta, aplicando a esses indivíduos o mesmo estalão. Assim costumava ela indicar o merecimento relativo de cada um dos pretendentes, dando-lhes certo valor monetário. Em linguagem financeira, Aurélia contava os seus adoradores pelo preço que razoavelmente poderiam obter no mercado matrimonial.
O romance Senhora, ilustrado pelo trecho
mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
Leia a estrofe a seguir:
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala. (Gonçalves Dias)
Assinale a alternativa que melhor representa a Natureza na estrofe:
é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
é representada por divindade mítica da tradição clássica.
funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
expressa sentimentos amorosos
é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
Sobre o significado da expressão crítica impressionista, analise as afirmações que seguem:
I - As análises e teorias sobre a literatura nem sempre levaram em conta o processo comunicativo e seus elementos. Em um primeiro momento, categorizavam-se as obras, relacionando-as às biografias dos autores, sem a sistematização teórica proveniente de estudos sobre linguagem.
II - Defendiam um posicionamento crítico que concentrava sua atenção na obra de arte.
III - A crítica impressionista baseava nas prerrogativas que os críticos tinham ao opinarem sobre as obras.
IV - Sem o necessário rigor metodológico, o leitor crítico, muitas vezes também escritor, transmitia as suas impressões sobre o texto, tomando como modelo as grandes obras já consagradas.
V - A opinião impressionista era calcada na sensibilidade do leitor, era marcada pela liberdade, e o crítico acabava por falar mais de si e de suas ideias do que sobre a obra.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
mescla o regionalismo e o indianismo, temas recorrentes na obra de Alencar. Nele, o escritor tematiza, com escárnio, as relações sentimentais entre pessoas de classes sociais distintas, em que o pretendente é considerado pelo seu valor monetário.
representa o romance urbano de Alencar. A reação de ironia e desprezo com que Aurélia trata seus pretendentes, vistos sob a ótica do mercado matrimonial, tematiza o casamento como forma de ascensão social.
denuncia as relações humanas, em especial as conjugais, como responsáveis por levar as pessoas à tristeza e à solidão dada a superficialidade e ao interesse com que elas se estabelecem. Trata-se de um romance urbano de Alencar.
tematiza o adultério e a prostituição feminina, representados pelo interesse financeiro como forma de se ascender socialmente. Essa obra explora tanto aspectos do regionalismo nacional como os valores da vida urbana.
é obra ilustrativa do regionalismo romântico brasileiro. A história de Aurélia e de seus pretendentes mostra a concepção do amor, em linguagem financeira, como forma de privilégio monetário, além de explorar as relações extraconjugais.
Leia a estrofe a seguir:
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala. (Gonçalves Dias)
Assinale a alternativa que melhor representa a Natureza na estrofe:
é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
é representada por divindade mítica da tradição clássica.
funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
expressa sentimentos amorosos
é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
Sobre o significado da expressão crítica impressionista, analise as afirmações que seguem:
I - As análises e teorias sobre a literatura nem sempre levaram em conta o processo comunicativo e seus elementos. Em um primeiro momento, categorizavam-se as obras, relacionando-as às biografias dos autores, sem a sistematização teórica proveniente de estudos sobre linguagem.
II - Defendiam um posicionamento crítico que concentrava sua atenção na obra de arte.
III - A crítica impressionista baseava nas prerrogativas que os críticos tinham ao opinarem sobre as obras.
IV - Sem o necessário rigor metodológico, o leitor crítico, muitas vezes também escritor, transmitia as suas impressões sobre o texto, tomando como modelo as grandes obras já consagradas.
V - A opinião impressionista era calcada na sensibilidade do leitor, era marcada pela liberdade, e o crítico acabava por falar mais de si e de suas ideias do que sobre a obra.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
é representada por divindade mítica da tradição clássica.
funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
expressa sentimentos amorosos
é concebida como uma força indomável que submete o eu lírico a uma experiência erótica instintiva.
Sobre o significado da expressão crítica impressionista, analise as afirmações que seguem:
I - As análises e teorias sobre a literatura nem sempre levaram em conta o processo comunicativo e seus elementos. Em um primeiro momento, categorizavam-se as obras, relacionando-as às biografias dos autores, sem a sistematização teórica proveniente de estudos sobre linguagem.
II - Defendiam um posicionamento crítico que concentrava sua atenção na obra de arte.
III - A crítica impressionista baseava nas prerrogativas que os críticos tinham ao opinarem sobre as obras.
IV - Sem o necessário rigor metodológico, o leitor crítico, muitas vezes também escritor, transmitia as suas impressões sobre o texto, tomando como modelo as grandes obras já consagradas.
V - A opinião impressionista era calcada na sensibilidade do leitor, era marcada pela liberdade, e o crítico acabava por falar mais de si e de suas ideias do que sobre a obra.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
II, III, IV, V, apenas.
I, II, IV, V, apenas.
I, III, IV, V, apenas.
I, II, III, V, apenas.
I, II, III, IV, apenas.
A partir da leitura crítica do romance Helena, feita por Regina Zilberman, pense sobre o questionamento a seguir:
O romance Helena atendeu ao horizonte de expectativas do leitor nos seus primeiros anos de circulação?
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
Não havia leitores que pertenciam a uma pequena classe média, em formação, constituída por brancos que trabalhavam para a burguesia.
A narrativa reforça o gosto dominante quando vangloria a protagonista, já que, para a sociedade, era aceitável a reversão do quadro que apresentava Helena como herdeira do Conselheiro e irmã de Estácio.
A narrativa de Machado de Assis não foi aceita pela sociedade, por criticar os hábitos e costumes da burguesia paulista.
Pode-se concluir que o leitor de Machado de Assis, daquela época, deve ter se reconhecido no universo do livro, porque a classe leitora pertencia àquela elite.
A condução narrativa de Machado de Assis não deixou os leitores em sobressalto com as insinuações de uma possível paixão entre irmãos e mesmo com a apresentação de uma heroína cheia de ambiguidades.
No capítulo “A noção de Literatura”, vários teóricos apresentaram seus estudos sobre o conceito de literatura. Tomando por base as afirmações descritas a seguir, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(1) Jonathan Culler, 1995.
(2) Aguiar e Silva, 1973.
(3) Northrop Fry, 1973.
(4) Eagleton, 1983.
(5) Wellek 1962.
( ) As próprias dificuldades de definição e delimitação inspiram e tornam mais interessante a reflexão acerca da natureza da literatura – reflexão que os teóricos prosseguem.
( ) Não será possível, todavia, definir o conceito de literatura através de uma fórmula mais ou menos condensada em que se tenha apenas em conta uma das qualidades assinaladas como distintivas do discurso literário. Com efeito, dado o caráter heterogêneo da literatura, nem a ficcionalidade, nem a particular “ordem sobreposta” às exigências da comunicação linguística usual, nem a plurissignificação constituem fatores que, isoladamente, possam definir satisfatóriamente a literariedade.
( ) A diferença de ênfase que descrevemos como ficcional e temática corresponde a uma distinção entre dois modos de ver a literatura que se têm prolongado através da história da crítica.
( ) Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda a literatura como poesia. De fato, quando os formalistas trataram da prosa, simplesmente estenderam a ela as técnicas que haviam utilizado para a poesia.
( ) Em muitas obras de arte (incluindo, evidentemente, obras em prosa) o estrato sonoro atrai a atenção e constitui uma parte integrante do efeito estético. Esta asserção é verdadeira em relação a muita prosa adornada e a todo o verso, o qual, por definição, é uma organização do sistema sonoro de uma linguagem.
A sequência CORRETA é:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
5 4 3 2 1
2 4 5 3 1
4 2 5 3 1
1 3 5 4 2
1 2 3 4 5
“Ao lermos, se estamos descobrindo a expressão de outrem, estamos também nos revelando, seja para nós mesmos, seja abertamente. Daí por que a troca de ideias nos acrescenta, permite dimensionarmo-nos melhor, esclarecendo-nos para nós mesmos, lendo nossos interlocutores. Tanto sabia disso Sócrates como o sabe o artista de rua: “conversando também conheço o que é que eu digo”.
(Recepção e interação na leitura. In: Pensar a leitura: complexidade. Eliana Yunes (Org). Rio de Janeiro: PUCRio; São Paulo: Loyola, 2002, p. 105 - com adaptações).
A partir das reflexões do texto apresentado, assinale a opção CORRETA a respeito da interação texto-leitor.
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.
Sobre as contribuições da Revolução Literária de 1922, afirma-se:
I- a inquietação intelectual provocou o aparecimento de muitas publicações.
II- houve uma elevação da fala coloquial brasileira à categoria de literatura.
III- a poética parnasiano-simbolista contribuiu para a valorização formal clássica que será amplamente explorada pelos poetas do Modernismo.
Analise os itens anteriores e assinale a alternativa CORRETA:
Para a leitura como descobrimento ser efetiva, é necessária a troca de ideias sobre a leitura; ler com o outro para nos conhecermos.
A leitura como descobrimento pressupõe uma postura pedagógica que reforça a tradição de leitura como confirmação da fala de uma autoridade.
A interação texto-leitor deve ser evitada, por fugir ao controle do autor e favorecer uma espécie de “vale-tudo interpretativo”.
A aproximação, no texto, entre o que sabia Sócrates e o que sabe o artista de rua, é incoerente porque os respectivos horizontes de expectativa são diferentes.
A perspectiva apontada no texto favorece a vivência da leitura como autoconhecimento, em detrimento da leitura como identificação da expressão do outro.